Últimas Palavras de Mulher Antes de Levar 61 S0c0s No Elevador Ch0cou a Todos: ‘Ne…Ver mais

Na manhã de sexta-feira, 1º de agosto de 2025, a promotora de vendas Juliana Garcia dos Santos Soares, de 35 anos, passou por uma cirurgia de reconstrução facial no Hospital Universitário Onofre Lopes, em Natal (RN). O procedimento, chamado de osteossíntese, durou cerca de sete horas e foi realizado por uma equipe multidisciplinar composta por cirurgiões bucomaxilofaciais, anestesistas e enfermeiros.

Juliana sofreu múltiplas fraturas no rosto, incluindo mandíbula, nariz, globo ocular e maçã do rosto, após ser agredida com 61 socos pelo ex-namorado, o ex-jogador de basquete Igor Eduardo Pereira Cabral, de 29 anos, dentro de um elevador. Segundo os médicos, o estado da paciente era comparável ao de vítimas de acidentes de trânsito sem capacete.

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A cirurgia foi considerada bem-sucedida e teve como objetivo evitar sequelas permanentes, como deformidades ósseas e comprometimento funcional. Juliana permanece internada sob observação, com previsão de alta nos próximos dias.

Transferência do Agressor para Presídio Comum

Enquanto Juliana enfrentava o procedimento cirúrgico, Igor Cabral foi transferido para a Cadeia Pública Dinorá Simas, em Ceará-Mirim, na região metropolitana de Natal. A transferência ocorreu após a conversão da prisão em preventiva, determinada pela Justiça do Rio Grande do Norte.

A Secretaria da Administração Penitenciária informou que o agressor foi alocado em uma ala de segurança especial, visando preservar sua integridade física e garantir a estabilidade operacional da unidade. A defesa de Igor havia solicitado isolamento, alegando que ele vinha sofrendo ameaças de facções criminosas e que sua vida corria risco.

Investigação e Motivação do Crime

De acordo com a Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (DEAM), o ataque foi motivado por uma crise de ciúmes. Igor teria se irritado ao ver mensagens de Juliana com um amigo em comum, iniciando uma discussão que culminou na agressão dentro do elevador.

A delegada Victória Lisboa classificou o episódio como uma tentativa clara de feminicídio, destacando que o vídeo das câmeras de segurança mostra a “vontade de matar” por parte do agressor. Juliana relatou que já havia sofrido violência psicológica e física anteriormente, incluindo empurrões e incentivos ao suicídio.

Repercussão Nacional e Mobilização por Justiça

O caso gerou comoção nacional e reacendeu o debate sobre violência contra a mulher, especialmente em ambientes privados. O vídeo da agressão viralizou nas redes sociais, provocando indignação e mobilização de ativistas, artistas e cidadãos.

Amigos e familiares de Juliana organizaram uma vaquinha online para ajudar nos custos do tratamento médico e psicológico, que já arrecadou mais de R$ 70 mil. A Justiça também concedeu medida protetiva à vítima.

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