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A eleição de André Villas-Boas como presidente do FC Porto marcou o início de uma nova era no clube, encerrando o longo ciclo de Pinto da Costa. Entre as primeiras decisões da nova gestão, uma se destacou pela carga simbólica e emocional: o retorno de Jorge Costa, aos 53 anos, como diretor do futebol profissional. Capitão histórico dos dragões, Jorge voltou ao clube onde construiu uma carreira lendária, agora fora das quatro linhas, com a missão de liderar o projeto esportivo e resgatar a identidade vencedora do Porto.

Uma trajetória marcada por conquistas e paixão azul e branca

Jorge Costa representou o FC Porto em 383 jogos oficiais entre 1992 e 2005, sendo capitão em diversas temporadas. Com o clube, conquistou títulos memoráveis, incluindo:

• Liga dos Campeões (2004)
• Taça UEFA (2003)
• Taça Intercontinental
• 8 Campeonatos Portugueses
• 5 Taças de Portugal
• 5 Supertaças

Conhecido como “O Bicho”, Jorge era símbolo de entrega, liderança e espírito de conquista. Sua postura em campo e fora dele inspirava gerações de jogadores e torcedores. Após encerrar a carreira como atleta, seguiu como treinador e dirigente, sempre mantendo vínculos com o clube do coração.

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A missão como diretor e o impacto imediato

Ao assumir o cargo de diretor de futebol, Jorge Costa trouxe consigo não apenas experiência, mas também respeito e autoridade. Villas-Boas confiava em sua capacidade de unir o elenco, fortalecer a cultura portista e garantir estabilidade em um momento de transição institucional. Jorge esteve presente no dia a dia da equipe principal, participando de reuniões técnicas, decisões estratégicas e até mesmo no banco de suplentes durante os jogos.

Sua liderança era sentida nos bastidores, e sua presença devolveu ao clube um sentimento de pertencimento e identidade que muitos consideravam perdido.

Uma despedida precoce e comovente

No entanto, o regresso de Jorge Costa ao FC Porto foi interrompido de forma trágica. No dia 5 de agosto de 2025, o ex-capitão sofreu uma paragem cardiorrespiratória no centro de treinos do clube, vindo a falecer no Hospital de São João, no Porto. A notícia abalou profundamente o universo azul e branco, gerando homenagens emocionadas de dirigentes, jogadores e torcedores.

Villas-Boas, em nota oficial, descreveu Jorge como “uma eterna lenda do clube” e prometeu honrar seu legado:

“Jorge, vais deixar uma enorme saudade, mas não duvides que lutaremos por ti como tu lutaste por nós e pelo FC Porto.”

O legado eterno de Jorge Costa

Mais do que títulos, Jorge Costa deixou um legado de paixão, lealdade e liderança. Sua trajetória representa o que é ser portista: lutar até o fim, colocar o clube acima de tudo e inspirar os que vêm depois. Sua morte precoce não apagará sua história, mas a eternizará como um dos maiores ícones do futebol português.

As cerimônias fúnebres foram realizadas com homenagens no Estádio do Dragão, e sua memória permanece viva na alma do clube que ele ajudou a construir.

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