Tragédia. Cinco Pessoas M0rrem Carb0nizadas Nesta Segunda Na Estr… Ver mais

Na tarde de domingo, 24 de agosto, um violento acidente na Estrada Nacional 266 (EN266), entre Monchique e Portimão, abalou profundamente o Algarve e o país. Um carro de alta cilindrada da marca Jaguar, movido a gasolina, saiu da estrada após uma travagem brusca, despistou-se e caiu por uma ravina de cerca de 20 metros. A viatura explodiu e incendiou-se, matando todos os cinco ocupantes carbonizados.

O acidente ocorreu por volta das 12h46, numa zona sinuosa da serra de Monchique, entre Pocilgais e Barracão, onde o limite de velocidade é de 50 km/h. Testemunhas relataram que o veículo seguia em alta velocidade e que marcas de pneus no asfalto indicam uma tentativa de travagem brusca antes do despiste.

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Vítimas incluem empresários e líder político jovem

Entre os mortos estão três empresários da região: Carlos Soares, de 58 anos, que conduzia o veículo e era proprietário de um posto de combustível em Carvoeiro; Vítor Santos e Jorge Costa, este último acompanhado do filho Cristiano, de apenas 17 anos. A quinta vítima foi Gonçalo Oliveira, presidente da Juventude Social Democrata (JSD) de Lagoa, que havia celebrado seu 21º aniversário no dia anterior.

O grupo havia saído para tomar o pequeno-almoço em Monchique, uma rotina habitual entre amigos. A viagem, que deveria ser mais um momento de confraternização, terminou em tragédia.

Incêndio e mobilização de emergência

Após o despiste, o Jaguar incendiou-se, provocando um foco de incêndio que se alastrou ao mato da região. Mais de 100 operacionais, apoiados por 29 veículos de bombeiros, GNR, INEM e outras forças de socorro, foram mobilizados para controlar as chamas e prestar assistência no local. A EN266 permaneceu cortada até às 18h para os trabalhos de resgate e perícia.

Repercussão política e luto institucional

A morte de Gonçalo Oliveira gerou forte comoção no meio político. O presidente do PSD Algarve, Cristóvão Norte, decretou luto institucional e prestou homenagem ao jovem líder, destacando sua lucidez, generosidade e empenho cívico. “Foi um privilégio ouvi-lo, ser seu companheiro, ainda que esse gosto tenha sido tão breve”, escreveu em nota oficial.

Investigação em curso e alerta sobre segurança viária

A Guarda Nacional Republicana (GNR) está a investigar as causas do acidente. Embora o trecho da EN266 não registre alta sinistralidade, trata-se de uma zona de serra com curvas acentuadas, o que exige atenção redobrada dos condutores.

A tragédia reacende o debate sobre segurança rodoviária em estradas secundárias e zonas montanhosas, onde a combinação de velocidade e curvas pode ser fatal. A expectativa é que a investigação traga respostas sobre o que levou ao despiste e se houve falha mecânica ou erro humano.

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