Michelle Bolsonaro gera revolta entre bolsonaristas após decisão controversa: “Deixou o Bols…Ver Mais
A expectativa em torno do ato bolsonarista marcado para este domingo, 3 de agosto de 2025, na Avenida Paulista, em São Paulo, foi abalada por uma decisão inesperada: Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama e presidente do PL Mulher, anunciou que não estará presente na principal manifestação convocada em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
A ausência de Michelle, considerada uma das vozes mais influentes do bolsonarismo atual, causou incômodo entre aliados, organizadores e militantes, especialmente por se tratar do evento mais simbólico da mobilização nacional. Segundo sua assessoria, Michelle optou por participar de atos no Pará, incluindo um encontro do PL Mulher em Marabá no sábado (2) e uma manifestação em Belém no domingo.
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Justificativas Oficiais e Reações Internas
A equipe da ex-primeira-dama justificou a decisão como parte de uma estratégia de descentralização dos atos, com o objetivo de fortalecer a presença bolsonarista em todas as regiões do país. Além disso, Michelle nunca havia participado de manifestações no Norte, e sua escolha foi apresentada como uma forma de demonstrar carinho pelo povo paraense.
Nos bastidores, no entanto, a decisão foi vista por alguns como teimosa ou até birrenta, segundo relatos de aliados próximos. A ausência de Michelle na Paulista — pela segunda vez consecutiva — gerou especulações sobre um possível distanciamento tático ou recalibragem de imagem política, especialmente diante da possibilidade de disputar uma vaga ao Senado pelo Distrito Federal em 2026.
Jair Bolsonaro Também Fica de Fora
O próprio Jair Bolsonaro não poderá comparecer ao ato, pois está proibido de sair de casa aos fins de semana por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A ausência do casal presidencial enfraquece o simbolismo do evento, que será liderado por nomes como Nikolas Ferreira e Sóstenes Cavalcante, com discursos voltados contra o STF e em defesa da anistia.
Impacto na Mobilização e Expectativas
A última manifestação bolsonarista na Paulista, realizada em 29 de julho, reuniu cerca de 12,4 mil pessoas, o menor número desde que Bolsonaro deixou a Presidência. Com a ausência dos principais rostos do movimento, há receio entre organizadores de que o ato deste domingo seja ainda mais esvaziado.
A decisão de Michelle Bolsonaro, embora respaldada por uma agenda oficial do PL Mulher e justificada como parte de uma estratégia de descentralização das manifestações, reacende intensamente o debate sobre os rumos da liderança conservadora no Brasil. A ausência da ex-primeira-dama no principal ato bolsonarista na Avenida Paulista, em um momento de fragilidade institucional para Jair Bolsonaro, foi vista por analistas e apoiadores como um movimento político carregado de intenções. Para alguns, Michelle está construindo de forma cuidadosa uma trajetória própria, alinhada ao projeto do partido, mas com foco na consolidação de sua imagem como figura autônoma e presidenciável — ou ao menos apta a disputar cargos majoritários, como o Senado.
Outros, contudo, interpretam sua postura como um sinal preocupante de distanciamento, especialmente num cenário em que a base bolsonarista se mostra carente de referências públicas e lideranças mobilizadoras. Há quem critique a ausência repetida nos eventos de maior apelo popular, sugerindo que Michelle perde oportunidades decisivas de se afirmar como sucessora natural do movimento. Sua escolha de estar no Pará, em vez de São Paulo, é vista por esses grupos como uma falha estratégica, capaz de comprometer o impacto da mobilização e enfraquecer o senso de unidade entre os apoiadores.
Esse episódio amplifica a tensão entre as diferentes correntes do bolsonarismo — algumas voltadas à institucionalização do movimento e à preparação para as eleições de 2026, outras fiéis ao espírito de confronto e presença constante nas ruas. Michelle, ao assumir uma postura mais reservada e seletiva, parece testar os limites de sua aceitação como liderança legítima, enquanto o movimento lida com a ausência de seu principal ícone e busca desesperadamente por novos nomes que mantenham viva sua relevância política.
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