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Câncer no 4nus Pode Surgir Na Vida de Mulheres Que Fazem Se…Ver mais

Embora menos frequente que o câncer de mama ou de colo do útero, o câncer anal — ou câncer no ânus — é uma condição que merece atenção, especialmente entre mulheres acima dos 50 anos. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), esse tipo de tumor representa cerca de 1% a 2% dos cânceres colorretais, mas pode ter impacto significativo na qualidade de vida e na saúde emocional da paciente.

O câncer anal se desenvolve na região do canal anal, por onde as fezes são eliminadas, e pode surgir a partir de células da mucosa ou da pele ao redor do ânus. Apesar de raro, é mais comum em mulheres e está fortemente associado à infecção pelo HPV (Papilomavírus Humano).

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Sintomas que Merecem Atenção

Os sinais do câncer anal podem ser confundidos com outras condições, como hemorroidas ou fissuras, o que dificulta o diagnóstico precoce. Os principais sintomas incluem:

Sangramento anal durante a evacuação
Dor ou ardor no ânus
Coceira persistente
Presença de nódulo ou massa na região anal
Incontinência fecal ou alterações no ritmo intestinal.

A presença desses sintomas deve ser investigada por um proctologista ou coloproctologista, que poderá solicitar exames como toque retal, anuscopia, proctoscopia e, se necessário, biópsia para confirmar o diagnóstico.

Fatores de Risco: HPV, Sexo Anal e Imunidade

O principal fator de risco para o câncer anal é a infecção pelo HPV, especialmente os subtipos 16 e 18, que também estão ligados ao câncer de colo do útero. Mulheres que praticam sexo anal desprotegido, têm múltiplos parceiros sexuais ou histórico de infecções sexualmente transmissíveis (como HIV, herpes genital ou gonorreia) estão mais vulneráveis.

Outros fatores incluem:

Tabagismo
Sistema imunológico debilitado
Fístulas anais crônicas
Histórico de câncer ginecológico
Idade superior a 50 anos.

Diagnóstico e Tratamento

O diagnóstico precoce é essencial para aumentar as chances de cura. Após a confirmação por exames clínicos e laboratoriais, o tratamento pode envolver:

Quimioterapia e radioterapia combinadas (em estágios iniciais e intermediários)
Cirurgia para remoção do tumor ou, em casos graves, do canal anal e parte do intestino
Colostomia definitiva, quando há necessidade de desviar as fezes para uma bolsa coletora.

A escolha do tratamento depende do estágio do tumor, que pode variar de pequenas lesões localizadas até metástases em órgãos distantes.

Prevenção: Vacinação e Rastreamento

A vacinação contra o HPV é uma das formas mais eficazes de prevenir o câncer anal. No Brasil, o SUS oferece a vacina quadrivalente para meninas e meninos de 9 a 14 anos, além de grupos especiais como pacientes imunossuprimidos.

Outras medidas preventivas incluem:

Uso de preservativos durante relações sexuais
Evitar o tabagismo
Manter boa higiene íntima
Realizar exames regulares, especialmente após os 45 anos.

Um Chamado à Conscientização

Apesar de ser um tema ainda cercado de tabus, falar sobre o câncer anal é fundamental para quebrar barreiras, promover o diagnóstico precoce e salvar vidas. Mulheres devem ser incentivadas a buscar orientação médica ao menor sinal de alteração na região anal, sem vergonha ou medo.

A história de figuras públicas como Ana Maria Braga, que enfrentou o câncer anal em 2001, e Preta Gil, que lutou contra o câncer colorretal, reforça a importância da informação, da prevenção e do acolhimento.