Freira Brasileira Perde Emprego na Igreja Por Ser Bonita Demais e Atra…Ver mais

Aline Pereira Ghammachi: a freira brasileira destituída e a polêmica no Vaticano

O Mosteiro San Giacomo di Veglia, na Itália, tornou-se palco de uma das histórias mais controversas da Igreja Católica nos últimos anos. A brasileira Aline Pereira Ghammachi, até então madre-abadessa do convento, foi destituída do cargo após uma denúncia anônima que alegava maus-tratos às freiras. No entanto, um detalhe chamou ainda mais atenção: a acusação de que Aline era “bonita demais” para ocupar a posição. O caso gerou grande repercussão e levantou debates sobre preconceito, poder e tradição dentro da Igreja.

A ascensão de Aline Pereira Ghammachi

Nascida no Amapá, filha de donos de jornal em Macapá, Aline formou-se em administração de empresas antes de dedicar sua vida à Igreja. Sua trajetória religiosa começou cedo, e sua competência a levou a atuar como tradutora de documentos sigilosos e intérprete em eventos do Vaticano. Em 2018, aos 34 anos, foi nomeada madre-abadessa do Mosteiro San Giacomo di Veglia, tornando-se a mais jovem a ocupar tal cargo na Itália.

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Durante sua gestão, Aline implementou diversas mudanças no convento, incluindo projetos sociais voltados para mulheres vítimas de violência e iniciativas de sustentabilidade, como o cultivo de uvas para a produção de prosecco. Sua liderança, no entanto, não foi bem recebida por todos.

Vittorio Veneto- Convento Cistercense di Clausura- Dove abitano serenita' e pace – Veneto. Notizie. Colline Unesco.Territorio Cultura,Storia, Filo' 4.0

A denúncia anônima e a destituição inesperada

O caso ganhou notoriedade após uma carta anônima enviada ao Vaticano acusar Aline de maus-tratos e manipulação das freiras do convento. A denúncia levou a uma auditoria interna, que inicialmente recomendou o arquivamento do caso. No entanto, meses depois, o processo foi reaberto, supostamente por influência de frei Mauro Giuseppe Lepori, superior da ordem responsável pelo mosteiro.

Segundo relatos, Lepori teria feito comentários sobre a aparência de Aline, afirmando que ela era “bonita demais para ser abadessa, ou mesmo freira”. Aline, por sua vez, negou todas as acusações e afirmou que sua destituição foi motivada por preconceito e disputas internas dentro da Igreja.

Repercussão e apoio à ex-abadessa

A destituição de Aline gerou indignação entre algumas freiras do convento. Após sua saída, 11 das 22 religiosas que viviam no mosteiro também decidiram deixar a instituição, alegando insatisfação com a nova gestão. Algumas chegaram a procurar uma delegacia local, relatando que saíram apenas com suas vestes e sem documentos pessoais.

O caso também chamou atenção da mídia internacional e de produtores de cinema. O alemão Ruggero de Virgiliis, do Corriere del Veneto, anunciou planos para um filme inspirado na trajetória de Aline. Segundo ele, a história da brasileira é “doce e quase atemporal”, e merece ser contada.

O futuro de Aline e a luta por justiça

Desde sua destituição, Aline tem buscado justiça dentro da Igreja. Ela recorreu ao Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica, a mais alta autoridade judicial do Vaticano, para contestar sua remoção. Em entrevistas, afirmou que sua saída foi arbitrária e que nunca teve acesso aos relatórios da denúncia.

O caso levanta questões importantes sobre o papel das mulheres na Igreja e os desafios enfrentados por líderes religiosas que tentam promover mudanças. Enquanto aguarda uma decisão do Vaticano, Aline segue determinada a provar sua inocência e a recuperar sua posição.

A história da freira brasileira ainda promete novos capítulos, seja nos tribunais ou nas telas de cinema. O que está em jogo não é apenas sua reputação, mas também um debate maior sobre tradição, poder e igualdade dentro da Igreja Católica.

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